Durante a Mesa 4 do XIII Congresso da Rede Mineira das Apaes, nesta sexta-feira (16)' o tema 'Deficiência Intelectual: Conhecer para Intervir', foi debatido pelas palestrantes Erenice Natália Soares de Carvalho, Simone Aparecida Maia de Barros e Kamila Oliveira Alves.
A professora Erenice Soares, professora e socióloga em Brasília (DF), falou sobre a trajetória histórica do conceito de transtormo mental (TM). 'Estamos saindo do modelo médico e passando para o modelo socioambiental, onde conhecer a deficiência intelectual é conhecer a funcionalidade da pessoa', afirmou.
Segundo ela, deficiência intelectual é caracterizada pela limitação significativa no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas.
Simone Aparecida, professora da Apae de Pará de Minas, falou sobre as estratégias de intervencão pedagógica associadas ao uso de Tecnologia Assistiva para favorecer a comunicação e a aprendizagem da pessoa com deficiência múltipla.
Segundo ela, a informática atua como um instrumento pedagógico, ajudando a pessoa com deficiência a desenvolver atos simples, promovendo, assim, uma interação com o aluno, reforçando a confiança e a autonomia do mesmo. A professora apresentou um trabalho realizado em uma aluna da Apae que, com a ajuda da informática, obteve resultados significativos de aumento de desenvolvimento. 'Essa estratégia pedagógica promoveu ganhos gradativos na autonomia, na inclusão escolar e na vida social dessa aluna', afirmou Simone Aparecida.
Kamila Karoline, psicóloga da Apae de Fronteira, proferiu a palestra 'Um caminho para a Transformação'. A instituição promove reuniões semanais da área de psicologia com os professores para analisar suas queixas frente a comportamentos inadequados (agressões, desobediência) dos usuários com deficiência intelectual na Apae.
'O objetivo dessas reuniões é promover um olhar analítico com os professores frente os comportamentos dos seus alunos com deficiência e capacitar os professores para intervenções efetivas no manejo de comportamentos com seus alunos', explicou Kamila. Segundo ela, após essas reuniões, houve uma diminuição no estado de ansiedade dos professores e uma melhora no quadro de comportamentos inadequados dos usuários com deficiência intelectual e autismo.
A moderadora da mesa foi a consultora técnica da Feapaes-MG, Júnia Ângela Lima.