Fonte: Maria Amélia Vampré Xavier
QUAL O SIGNIFICADO CERTO DE
EDUCAÇÃO PARA TODOS (Education for All) – UNESCO www.unesco. Org.
Texto extraído de documento captado pela Internet intitulado: Understanding and Responding to Children´s Needs in Inclusive Classrooms
traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier da Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvlvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais). Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion International e Inclusion Interamericana em 9 de outubro, 2009
Durante os últimos 15 anos, desde a primeira reunião importante de educadores em Salamanca, em junho de 1994, o mundo tem discutido muito, escrito muitas laudas de papel, defendido estratégias para que a chamada ação da UNESCO – EDUCAÇAO PARA TODOS – se torne uma realidade, conforme preconizado na famosa Declaração de Salamanca
É claro que todo esse esforço causou muita polêmica, tem havido em toda parte muitas discussões e trocas de experiências de realizações bem sucedidas neste ou naquele país. Agora mesmo, amigos do mundo todo, na maioria professores e de profissões afins, estão afivelando as malas para ir à grande reunião de Salamanca, que, comemorando os 15 anos transcorridos desde o evento de 1994, desenvolverá entre 21 e 23 de outubro de 2009 um programa muito significativo sobre os avanços conseguidos para a implantação com êxito da chamada EDUCAÇÃO PARA TODOS, e questões correlatas.
Sabemos, e temos recebido, textos extraordinários da UNESCO, via internet, escritos por especialistas em educação inclusiva do maior renome, que vão acrescentando dados ao crescente armazenamento de dados positivos, até às vezes não tão positivos, sobre a questão da educação inclusiva como uma educação de direitos humanos para crianças com deficiência intelectual.
É com satisfação que sabemos que um pequeno mas seleto grupo de representantes da Federação Nacional das APAES estará viajando para Salamanca, a fim de participar desse significativo Congresso: Dra. Sandra Marinho, nossa Procuradora Geral, professora Erenice Carvalho, uma referência em questões de educação inclusiva, e nosso caro amigo, o deputado Eduardo Barbosa, nosso Presidente e há mais de uma década, uma personalidade muito respeitada pelas associações de famílias de pessoas com deficiência intelectual, reunidas sob a orientação de Inclusion InterAmericana, o braço americano de Inclusion International.
O trecho que escolhemos hoje é simples, mas em nossa opinião dá continuidade a reflexões contínuas que, professores de um lado, famílias de outro, vêem fazendo para continuarmos a crescer com a inclusão, compreendendo com precisão o que essa modalidade de ensino propõe.
Aprender sobre a questão da educação, e outras questões que nos afetam diretamente, é um dever de cada ser humano tenha a idade que tiver. Nunca estaremos velhos demais para aprender mais alguma coisa, tudo que precisamos para isso é manter nossos olhos voltados com interesse para as grandes questões que sacodem o nosso planeta e tentar desenvolver um novo olhar para pessoas com deficiências como nosso filho. Vamos ao trecho de hoje:
O slogan EDUCATION FOR ALL ( EDUCAÇÃO PARA TODOS) significa exatamente isso: todas as crianças, incluindo aquelas que teem limitações ou vêem de grupos marginalizados dentro da sociedade.
No passado, escolas separadas para crianças ´diferentes´ eram a solução favorecida em muitos países. A experiência tem nos ensinado que esta abordagem pode significar que muitas crianças, de países e áreas menos ricas, não obtém nenhum tipo de educação! Entre as razões verificadas para isso citamos:
? Escolas especiais são uma opção de alto custo que muitos países mais pobres não conseguem manter;
? Há uma tendência dessas escolas serem localizadas em centros urbanos e prestarem serviços a famílias mais afluentes
? A experiência acumulada por professores especializados não é compartilhada com professores comuns.
De forma idêntica, o valor de escolas especiais é questionado em países mais afluentes por estas e outras razões..
? Escolas inclusivas fornecem às crianças mais oportunidades educacionais e sociais.
? De maneira crescente os pais vêem optando por mandar os filhos a escolas comuns; alguns pais encaram escolas especiais como uma forma de discriminação.
? Ativistas, com deficiências, teem criticado a educação que receberam em escolas especiais.
Contudo, a Declaração de Salamanca e a Moldura para Ação (Framework for Action) mencionadas acima, reconhecem que certas crianças podem ser melhor ensinadas em classes ou escolas especiais em razão de suas necessidades específicas em comunicação; isto é, crianças que são surdas ou surdo-cegas. Contudo, existem também exemplos de muitos países indicando que crianças surdas são também incluídas com sucesso em escolas comuns.
Implicações para professores
Essas declarações de direitos, que significam elas para professores e escolas?
Podemos resumir a posição seguinte:
TODAS AS CRIANÇAS TEEM DIREITO A EDUCAÇÃO
ISTO DEVERÁ OCORRER TANTO QUANTO POSSÍVEL EM ESCOLAS COMUNS – PRÉ-PRIMÁRIAS, PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
CERTAS CRIANÇAS, DEVIDO A SUAS LIMITAÇÕES OU PRIVAÇÕES QUE SOFREM, PODEM PRECISAR DE ASSISTÊNCIA EXTRA
OS PROFESSORES E ESCOLAS PRECISAM ADAPTAR SUAS FORMAS DE TRABALHAR PARA ATENDER AS NECESSIDADES DAS CRIANÇAS.
ISTO VAI RESULTAR NUM SISTEMA EDUCACIONAL MELHORADO E DE CUSTO MAIS EFETIVO ASSIM COMO BENEFICIARÁ TODAS AS CRIANÇAS E SUAS FAMÍLIAS.
Há outras implicações nas quais você pode pensar em relação a professores e escolas?
Esta é uma forma nova de pensar. Muitos países investiram em escolas especiais ou outras necessidades especiais. A mudança para educação inclusiva significa que seus esforços estão sendo direcionados a apoiar todas as crianças em escolas comuns e encontrar formas novas de orientar e guiar os professores. Em suma:
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
? reconhece que todas as crianças teem condições de aprender e que todas precisam algum tipo de apoio no aprendizado.
? tem como meta descobrir e minimizar barreiras ao aprendizado.
? é mais ampla do que a escolaridade formal e inclui o lar, a comunidade e outras oportunidades para educação fora das escolas.
? é acerca de mudar atitudes, comportamentos, métodos de ensino, currículos e ambientes para atender as necessidades de todas as crianças
? é um processo dinâmico, que está constantemente evoluindo de acordo com culturas locais e contexts e é parte da estratégia maior de promover uma sociedade inclusiva.
Algumas questões para pensar:
Existe uma lei em seu país que defina o direito da criança à educação?
Todas as crianças em seu país teem igual direito à educação?
Sua comunidade valoriza educação para todas as crianças?
Traduzido por Maria Amélia Vampré Xavier, São Paulo, 9 de outubro, 2009.