NÓS TEMOS DIREITOS HUMANOS Um Guia de direitos humanos para pessoas com deficiência de Desenvolvimento
PROJETO HARVARD SOBRE DEFICIÊNCIA
Autores: Bret Hesla e Mary Kay Kennedy. Da ONG Advocating Change Together (www.selfadvocacyorg.) Tradução de Romeu Kazumi Sassaki, Centro de Vida Independente Araci Nallin,, São Paulo,. SP, Brasil
Digitado por Maria Amélia Vampré Xavier, Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais), Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 6 de março, 2009. Nos muitos anos, realmente falamos de décadas, transpostas numa luta diária e comum de nossas APAES no Brasil, e de organizações semelhantes de outros países, ficamos constantemente surpresos quando vemos a forma pela qual está se desenvolvendo em toda parte o trabalho eficientíssimo dos chamados auto-defensores, ou seja, o nome que damos no Brasil a pessoas com deficiência de desenvolvimento, ou deficiência intelectual, quando se organizam e passam a falar em seu próprio nome em muitos lugares e ocasiões, contribuindo de uma forma que somente essas pessoas podem contribuir para o progresso social, e a defesa de seus direitos humanos, expondo claramente tudo que têm de fato direito de reivindicar da sociedade que as excluiu durante tantos séculos. Estamos muito ocupados, presentemente, enquanto organização de famílias, as APAES, em desenvolver ao máximo os nossos auto defensores que vêm desenvolvendo diversas atividades com muito brilho. Embora enquanto famílias possamos ver os avanços que o movimento de auto defensores vem realizando não só no Brasil mas em toda parte, muito mais terá de ser feito, inclusive, um reposicionamento nosso de pais em relação a nosso filho com deficiências, já que no Brasil temos a tendência, compreensível e humana, de superproteger nossos filhos não vendo neles constantemente a capacidade que de fato têm de expressarem seus medos, expectativas, sonhos, como qualquer ser humano faz. O excelente trabalho da Universidade Harvard, em brilhante e correta tradução do amigo Romeu Sassaki, é mais um passo alentador à frente na defesa dos direitos de nossos filhos e amigos com deficiência. É da pujança dos esforços desses jovens que resultará um mundo mais coeso, mais humano e mais justo. Transcrevemos, pois, a seguir a primeira página do texto porque ela explica claramente os objetivos deste projeto. Um livro para auto defensores'. Bem-vindo ao poder dos direitos humanos. Este livro é para pessoas com deficiência de desenvolvimento. Você pode usá-lo para aprender sobre seus direitos. Você pode usá-lo também para conversar com os outros sobre seus direitos. Quando você fala por si mesmo, você é um autodefensor. Quando você trabalha junto com os outros, você pode fazer a mudança acontecer. Bem-vindo ao poder dos direitos humanos. Como somos humanos, nós temos direitos humanos. No passado, as pessoas com deficiência não foram tratadas como iguais. Mas isto está mudando. Em 2006 as Nações Unidas adotaram uma nova lei: Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Ela diz que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos que as outras pessoas. Ela diz que todas as pessoas com deficiência são iguais perante a lei. Ela diz que isto vale também para mulheres e meninas e crianças com deficiência. Se um país ratificar essa Convenção, o que mudará? O governo desse país promete tomar medidas para acabar com a discriminação baseada em deficiência!Essas medidas: • mudarão as leis e farão novas leis • protegerão os direitos das pessoas • farão cumprir as leis • educarão o público. Este livro é sobre os seus direitos humanos. Ele fala sobre alguns dos direitos fundamentais que você tem graças a esta lei. Ele também lhe dá idéias sobre como agir com os outros para conseguir seus direitos. Esta lei se chama Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Vozes Devemos manter-nos fiéis ao nosso ideal e à nossa luta e continuar fazendo novos esforços para o progresso das pessoas com deficiência. Deng Pufang, China.