ESTRATÉGIAS DE ENSINO ( Teaching strategies) Extraído das páginas 57 e 58 do documento da UNESCO Understanding and Responding to Children´s Needs in Inclusive Classrooms www.unesco.org
Texto traduzido do inglês e digitado em São Paulo, por Maria Amélia Vandré Xavier, Rede de Informações Área Deficiências e Projeto Futuridade – Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo; Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais); Rebrates, SP; Carpe Diem, SP; Sorri Brasil, SP; Inxlusion InterAmericana e Inclusion International em 3 de novembro, 2009.
Já que os professores, não diríamos a maioria mas em grande número, encontram desafios em se comunicar com muitas crianças com deficiências em suas salas de aula, são muito bem vindas as recomendações que a UNESCO faz sobre estratégias de ensino, baseadas em depoimentos de muitos professores ao redor do mundo. Vamos a elas:
Estratégias de ensino
Mostrem à criança o que vocês querem que ele ou ela faça em vez de simplesmente dizer a ela o que querem.
Usem palavras simples quando derem instruções e chequem se a criança entendeu.
Usem objetos verdadeiros que a criança possa sentir e manejar em vez de fazer trabalho com papel e trabalho de lápis. Procurem ligar as lições às experiências e à vida diária da criança.
Realizem uma atividade de cada vez e completem-na. Deixem claro quando uma tiver terminado e a outra está começando.
Dividam a tarefa em passos pequenos ou objetivos de aprendizado. Façam com que a criança comece com o que ele ou ela é capaz de fazer antes de passar para um passo mais difícil. Voltem para uma etapa mais fácil se a crianças encontrarem problemas. Por exemplo, ao aprender a desenhar um círculo a criança pode colorir na forma; a seguir passem para juntar os pontos para fazer uma forma; a seguir copiem formas de uma amostra e assim por diante.
Ofereçam muitos elogios e encorajamento quando a criança se sair bem.
Dêem às crianças uma prática extra na execução da tarefa - isto algumas vezes é chamado de superaprendizado porém garante que a criança tenha dominado a habilidade e aumenta a confiança das crianças. Contudo, sejam razoáveis. Muitas pessoas com deficiências intelectuais lembram seus dias de escola como sendo cheios de fazer coisas repetidamente sempre as mesmas coisas, e nunca aprenderem coisas novas.
As crianças precisam praticar a habilidade com materiais diferentes. Por exemplo, ler palavras quando estão escritas em cartões (flash cards) e folhas de trabalho e ler livros. A escrita pode ser praticada sobre areia, com pintura de dedos, com crayons e lápis e caneta. Isso se chama generalizar o aprendizado da criança.
Consigam a ajuda de um membro da família, que irá fazer a ´ lição de casa ` com a criança, fazendo uma revisão do que foi feita na sala de aula nesse dia.
Coloquem um par para a criança, para que esse colega possa ajudar a focar a atenção da criança e ajudar nas atividades dadas à classe. Façam que a criança tenha como par alunos mais capazes. Quando estes tenham terminado seu trabalho podem ajudar a criança mais vagarosa com a tarefa. Distribuam tarefas que possam todas elas contribuir ao próprio nível das crianças, e trabalhem em conjunto a tarefa designada. Distribuam tarefas para o grupo todo nas quais os outros estudantes dependam da contribuição dada pela criança com deficiência intelectual. Pode-se pedir a outros alunos que ajudem a criança na hora do recreio, no uso de banheiro e assim por diante. No caso de tarefas individuais tenham algumas atividades de que a criança gosta e pode resolver por si só a fim de que assim não perturbem as outras crianças.
Não dêem atenção a comportamento indesejável se a criança estiver fazendo isso para conseguir atrair sua atenção. Ofereçam elogio e atenção quando o comportamento da criança for aceitável.
Encaminhamento
Uma gama de profissionais diferentes pode ser capaz de ajudar professores se estiverem disponíveis. Por exemplo:
• Fono-audiólogos podem orientar sobre atividades que possam ajudar as crianças a adquirir e desenvolver linguagem, a aprender meios alternativos de comunicação e melhorar a fala.
• Terapeutas físicos ( algumas vezes chamados fisioterapeutas) podem ter condições de sugerir atividades que ajudem a coordenação motora.
• Terapeutas ocupacionais são treinados para ajudar em habilidades funcionais tais como comer e vestir-se. Eles também podem elaborar ou recomendar ajudas especiais para ajudar a criança com limitação física a sentar-se ou se alimentar.por si.
• Psicólogos podem ter condições de ajudar nos programas de ensino e nas maneiras de gerenciar o comportamento das crianças.
• Assistentes sociais podem orientar com aconselhamento à família e apoio.
• Professores especializados podem orientar como elaborar programas de aprendizado com notas numa gama de matérias escolares.(Unidade 3).
O ideal será que estes profissionais venham até a escola e à casa da criança a fim de trabalhar diretamente com a criança, os professores e os pais.
Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier em 3 de novembro, 2009