Fonte: Maria Amélia Vampré Xavier
AS REAÇÕES DOS PROFESSORES A CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIAS EM SUAS SALAS DE AULA ( Teachers´Reactions ) – extraído e traduzido da página no. 33
de documento da UNESCO captado na Internet intitulado
Guia para professores – UNIDADE I – CADA CRIANÇA É UM
INDIVÍDUO – UNESCO
Texto traduzido do inglês e digitado em São Paulo, por Maria Amelia Vampré Xavier da Rede de Informações Área Deficiências da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo; Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais); Rebrates, SP; Carpe Diem, SP; Sorri Brasil, SP; Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 12 de outubro, 2009.
Muito se tem avançado, neste último ano, diríamos, em relação a uma maior flexibilidade dos professores de um lado, da sociedade de outro, partes bastante reticentes até há algum tempo atrás a respeito da matricula de alunos com deficiências em salas de aula comuns. Todavia, lembramo-nos de alguns anos atrás, quando trabalhávamos no Instituto APAE, implantado na APAE de S.Paulo, como as notáveis professoras especializadas que ali trabalhavam e tinham contato até às vezes diário com outros professores, comentavam como um bom número deles se mostrava resistente à lei que impunha, por ordem governamental, que crianças com deficiências fossem aceitas em salas comuns.
Toda mudança traz crises, traz desafios e com certeza os professores de educação pública, em suas salas com quase 40 alunos, não conseguiam visualizar o trabalho a mais de ter de orientar e ensinar crianças com limitações.
Hoje, outubro de 2009, o campo de ação e de reflexão ampliou-se consideravelmente e se bem que estamos no Brasil conscientes de nossa relativa ineficiência em conseguir grandes avanços em educação, nota-se um clareamento no horizonte e uma disposição maior dos professores de se informarem e, na base dessa informação, construir alicerces para alunos que constituem a diversidade racial e cultural de suas salas de aula. Parabéns!
Segundo documento recente da UNESCO, a que todos pode ter acesso se já não o fizeram via Internet, as reações dos professores estão mudando e há a coragem dos educadores em enfrentar os desafios que sem dúvida alunos com limitações lhes trazem. Vamos ao trecho escolhido:
As declarações sobre direitos e políticas governamentais podem estabelecer metas porém são os professores individuais que fazem da educação inclusiva um sucesso ou um fracasso.
Os professores também podem manter atitudes negativas da mesma forma que acontece na sociedade. Frequentemnte, os medos e preconceitos desses professores se baseiam na falta de contato com pessoas que são deficientes ou que provém de panos de fundo desavantajados. Quando conhecem e se aproximam dessas pessoas suas atitudes podem mudar. Leiam as opiniões de professores em Lesoto, um país do sul da África, e em Guiana, que fica na América do Sul.
Mais de 140 professores, em Lesoto e na Guiana, com a experiência de ter uma criança com deficiências em sua sala de aula, foram consultados para que designassem os benefícios se é que tinham ocorrido.
Cerca de um em cada cinco professores declararam que não houvera benefícios. Dois em cinco notaram que haviam lucrado enquanto professores adquirindo técnicas para ensinar essas crianças; eles eram melhores na avaliação de suas capacidades e haviam se tornado mais pacientes. Um em cinco professores mencionou a oportunidade que isso deu às crianças de interagirem com seus pares/; um em dez professores notou que os outros alunos haviam ganho uma melhor compreensão do que significa ser deficiente e um em dez notou melhorias e ganhos para a criança com a deficiência. Um professor comentou:
Os deficientes teem o direito de aprender como qualquer outra criança e elas devem ser ensinados em escolas comuns. Eles não precisam ficar isolados a fim de que possam ss socializar com outros alunos normais e conseguem sentir que são seres humanos e que podem aceitar a si mesmos.
Como vocês leram, quatro entre cinco professores relatam benefícios relacionados com a presença de crianças com deficiências na escola. Resultados semelhantes foram encontrados em outros países.
Porém os professores ainda tinham seus problemas! Entre os problemas mais comuns mencionados pelos professores estão os seguintes. Assinale aqueles que vocês encontraram e acrescentem quaisquer outros à lista.
• Aluno não conseguindo acompanhar leitura, escrita, trabalho com números.
• Os alunos são mais vagarosos em aprender e compreender
• O comportamento desorienta a classe.
• Comunicando com o aluno; não seguindo instruções
• Os alunos precisam de mais tempo e atenção do professor
• Ambiente da classe/escola não adequado
• Aluno tem atenção fraca/ concentração
• Questões de higiene
• Professor não equipado para lidar com o aluno
Os professores poderiam ter tentado solucionar esses problemas, excluindo essas crianças de sua classe . Mas não fizeram isso! Os professores sabiam que isso significaria que os alunos dessa forma teem negado seu direito à educação e aceitaram o desafio de desenvolverem suas habilidades em apoiar todas as crianças a que aprendam.
As unidades 2, 3 e 4 deste guia são designadas para dar aos professores algum conselho e orientação com os desafios comuns que possam encontrar quando crianças com ´necessidades especiais ´ freqüentam sua escola. Vocês podem já estar fazendo algumas destas coisas. Elas são boa prática para todas as crianças. Mas existem outras sugestões que serão novas para vocês. Vocês podem usá-las para melhorar sua maneira de ensinar.
O melhor aprendizado surge de tentar por essas idéias em prática. Vocês são as pessoas que melhor conhecem a criança e as lições que vocês estão ensinando. Podemos somente oferecer a vocês linhas mestras genéricas . Cabe a vocês adaptá-las para suas classes. Porém
• Se forem bem sucedidos – vocês terão descoberto abordagens de ensino que terão condições de usar novamente.
• Se não der certo não desistam cedo demais. Procurem encontrar a razão a fim de poderem mudar a abordagem e ver se isso faz alguma diferença.
Quando os professores assumem o desafio de tornar suas salas
de aula e escolas mais inclusivas eles se tornam mais hábeis
e melhores instrutores. Isto significa que todos os alunos se
beneficiam, não somnte aqueles com necessidades especiais.
Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier, Rede Informações Área Deficiências Secretaria Estadual Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo , Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais), e entidades parceiras em 12 de outubro, 2009.