Texto extraído do Guia para Professores: UNDERSTANDING AND RESPONDING TO CHILDREN´S NEEDS IN INCLUSIVE CLASSROOMS U N E S C O www.unesco.org, traduzido do inglês e digitado em Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo; Fenapaes, Brasília (Diretora para Assuntos Internacionais); Rebrates, SP; Carpe Diem, SP;
Sorri Brasil, SP; Inclusion Intermericana e Inclusion International em 27 de setembro, 2009.
Há cinquienta e cinco anos atrás, quando fundamos as primeiras Apaes do Brasil, como temos dito repetidamente em entrevistas, palestras, relatos por escrito, nós famílias,éramos constantemente postos de lado pelos profissionais militando nessa área naquela época, pois a questão das deficiências era assunto estritamente médico, pra ser cuidada e orientada apenas por médicos; nesses tempos, crianças com deficiência intelectual não eram consideradascrianças com uma problemática difícil e sim pacientes, a serem vistos e tratadosapenas conforme seus problemas clínicos.
Com certeza, e isso é amplamente divulgado, aConvenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, esse documento importantíssimo porque escrito em grande parte por pessoas comdeficiências sobre os desafios que enfrentam no cotidiano, é considerado o divisor de águas entre o chamado MODELO MÉDICO da deficiência e o MODELO SOCIAL.
Vamos ler o quea UNESCO diza respeito do tema que estamos abordando:
A deficiência vista como uma questão social
Todas as crianças aprendem através de suas interações com outras pessoas – pais, irmãos, e pares ou seja companheiros próximos – e através das experiências ganhas nos vários ambientes de suas vidas – lar, vizinhança e escola.
O mesmo ocorre em relação a crianças com limitações.Porém, muitas vezes isto é esquecido pois essas crianças eram vistas como diferentes.Na verdade, sua falta de aprendizado ou seu desenvolvimento vagaroso eram atribuídos a suas limitações em vez de colocar o ônus nas restrições que elas experienciavam quando interagindo com outros e sua participação em ambientes diferentes.
Muitos dos efeitos incapacitantes causados pelas limitações podem ser reduzidos se as crianças tivem a oportunidade:
?de interagir com pares e adultos em sua comunidade
?de experienciar uma gama de ambientes que minimizam o impacto de sua limitação, tal comoedifícios que não teem degraus
?de serem ensinados pelos pais e professores que as ajudem a aprender habilidades novas.
DAÍA IMPORTÂNCIA DE TORNAR A EDUCAÇÃO DISPONÍVEL PARA TODAS AS CRIANÇAS
A deficiênciavista como uma questão médica
Algumas vezes a visão social da deficiência é apresentada como alternativa à visão médica da deficiência.Isso procura identificar a causa da deficiência através de testes , e a seguir tenta tratar a deficiência através da utilização de cirurgia, remédios, ou terapia.Ambos os pontos de vista são válidose ambossão necessários.Porém, com muita freqüência a visão médica é considerada e quando isso falha ou não está disponível, as pessoas acabam desistindo.
O maior perigo que existe dentro dessa visão médica é que o problemaé encarado como pertencendo somente à criança.Essa foi a razão pela qual as crianças foram excluídas das escolas comuns e enviadas a escolas especiais para crianças com as mesmas deficiências – se houvesse escolas disponíveis.A crença era de que essas crianças exigiam ´tratamentos especiais´ em razão de suas limitações.
Porém, como explicamos, deficiências não resultam de limitações mas de falta de oportunidades, participação e educação.Existe muita coisa que pais e professores podem fazer para reduzir as deficiências que surgem das limitações.
Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier da Rede de Informações sobre Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais) e